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Propósito da Psicologia Positiva

  • Foto do escritor: Luiz Henrique Martins Ribeiro
    Luiz Henrique Martins Ribeiro
  • 7 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Estudar as características, condições e processos que conduzem ao florescimento humano são objetivos da Psicologia Positiva. O florescimento do ser humano depende pelo menos de cinco elementos para o a promoção do bem-estar e alcance da felicidade, ou seja, ter uma vida agradável ao experimentar emoções positivas, com significado, com experiências que possibilitem o alcance de um estado de fluxo, sentimentos de realização e a presença de relações positivas com os outros.


A Psicologia Positiva, assim denominada por Seligman e Csikszentmihalyi (2000) é uma subárea de conhecimento da Psicologia, que estuda a experiência subjetiva positiva, o ser humano positivo e as instituições positivas. Tal subárea de conhecimento, tem como propósito melhorar o nível de qualidade vida e prevenir patologias que surgem quando a vida tende a se tornar vazia e sem significado. A verdade referente à origem do interesse pelos pressupostos da Psicologia Positiva constitui um enigma até hoje, pois Seligman (2011) com uma ideia radical do que a positividade e florescimento são, o fez repensar e criar uma teoria sobre seus novos pensamentos do que é a felicidade e o bem-estar.


O crescente avanço científico das pesquisas, a partir da década de 1990, repercutiu no aumento do interesse pelo lado positivo da vida organizacional, com atenção especial nos fenômenos psicossociais positivos, como bem-estar, satisfação no trabalho e experiências positivas e afetivas no mundo do trabalho. Seligman ao assumir presidência da American Psychological Association (APA) em 1998, constitui o marco do início dos estudos e pesquisas a respeito dos fenômenos de felicidade, otimismo, resiliência, emoções positivas, experiências de flow e bem-estar (Seligman, 2011).


“[...] temos pouco conhecimento do que faz a vida valer a pena pois, embora a Psicologia tenha entendido um pouco sobre como as pessoas sobrevivem e persistem em condições adversas, sabemos muito pouco sobre como as pessoas normais florescem sob condições de adversidade. [...] “A Psicologia Positiva não é apenas o estudo da fraqueza e do dano, mas também o estudo das forças e das virtudes humanas. Tratar não significa apenas consertar o que está com defeito, mas também cultivar o que temos de melhor” (Seligman, 1998)".


Seligman discute a necessidade de se fazer uma ciência com o propósito de melhorar a qualidade de vida e prevenir patologias, e que assim, os estudos deveriam se voltar para o potencial humano, ao investigar processos que fomentem para a prosperidade dos seres humanos e sociedade. Além disso, a felicidade, seja no trabalho ou em outros espaços de vida é um direito inalienável de todo e qualquer ser humano conforme concepção aristotélica e repercute de forma positiva na saúde de modo geral, o que contribui para o aumento do índice de desenvolvimento humano, bem como, a felicidade interna bruta (Tay, Kuykendall, & Diener 2015).


Ao chegar nas universidades como fenômeno de pesquisa, a felicidade chancela a sua credibilidade como ciência, o que pôde ser evidenciado no caso do psicólogo e filósofo americano, de origem israelita, pelo curso de Felicidade que ministrou em Harvard e que se tornou o de maior procura na história da Universidade (Ben-Shahar, 2018). A Universidade de Yale também oferece um curso on-line disponível sobre "The Science of Well-Being".


Saiba mais:

Ben-Shahar, T. (2018). Seja mais feliz: aprenda a ver a alegria nas pequenas coisas para uma satisfação permanente. São Paulo: Planeta do Brasil.

Seligman, M. E. P. (1998). Positive social science. APA Monitor, 29 (4). Seligman, M.E.P., & Csikszentmihalyi, M. (2000). Positive psychology: an introduction. American Psychologist, 55(1), p. 5-14.

Seligman, M. E. P. (2011). Florescer: uma nova compreensão sobre a natureza da felicidade e do bem-estar. Rio de Janeiro: Objetiva.

Tay, L., Kuykendall L., & Diener, E.(2015). Satisfaction and Happiness – The Bright Side of Quality of Life. In: Glatzer, W., Camfield, L., MØller V., & Rojas M. (eds) Global Handbook of Quality of Life. International Handbooks of Quality-of-Life. Springer, Dordrecht.



 
 
 

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